Professor Rubim de Aquino, autor de importantes livros didáticos de História para o ensino médio, morreu nesta quanta-feira (16) de problemas 
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| Professor Rubim Aquino - Nasceu em 2 de março de 1929, na cidade do Rio de Janeiro e falecido em 16 de janeiro de 2013 (foto: http://anovademocracia.com.br) | 
Mauro de Bias
Faleceu na madrugada
desta quanta-feira (16) o professor de História Rubim Santos Leão de Aquino.
Dedicado especialmente ao ensino médio, o pesquisador ficou conhecido
nacionalmente também pelos livros didáticos que escreveu e por sua abordagem
analítica sobre a História.
Entre suas obras mais
importantes estão "Histórias das Sociedades - das comunidades primitivas
às sociedades medievais", "Sociedade Brasileira: da crise do
escravismo ao apogeu do neoliberalismo", "Sociedade Brasileira: uma
história através dos movimentos sociais" e "Um tempo para não esquecer 1964-1985". (leia uma entrevista com o Professor Rubim Aquino aqui)
Além de ter atuado como
professor durante muito tempo, tinha orientação marxista. Seus livros se
tornaram clássicos, objetos de muitas reedições, como é o caso de
"História das Sociedades". Esteve sempre engajado no ensino com uma
perspectiva transformadora da sociedade, em favor de uma História que
explicitasse a luta de classes e a opressão do sistema capitalista.
Militante de partidos
de esquerda, como o PT e, posteriormente, o PSOL, o professor Aquino cativou
ainda políticos no cenário nacional, como o deputado federal Chico Alencar
(PSOL-RJ). “Fica um vazio, porque não haverá outro Aquino. Ele tinha uma
maneira peculiar, singular de lidar com a História, e envolvia os alunos com
graça, amizade, paixão, fé e militância. Vai fazer muita falta”, lamentou
Chico.
Para o deputado, a
maior contribuição de Aquino para o ensino de História foi popularizar uma
visão analítica. “Ele era muito crítico. Eu diria ainda, de maneira
simplificada, que ele traduziu Eric Hobsbawm para os jovens e para os que
estavam tomando contato com a História pela primeira vez. Nunca quis se fechar
na academia, foi um clássico professor de ensino médio, que atingia parcelas
maiores da população”, elogiou Chico, que foi aluno de Aquino e afirmou ter
escolhido cursar História graças ao professor.
O deputado ressaltou
ainda a dedicação do pesquisador às pessoas. “A gente vive tempos de uma certa
objetividade racionalista que beira uma frieza desumana. E disso o Aquino se
ressentia muito, era uma ideia que ele não gostava”, concluiu.
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