terça-feira, 30 de agosto de 2011

Lançamento do livro VER HISTÓRIA - O ENSINO VAI AOS FILMES




Lançamento do livro  VER HISTÓRIA - O ENSINO VAI AOS FILMES, coletânea publicada pela  Editora Hucitec, organizado por Marcos Silva e Alcides Freire Ramos.

Endereço: Cooperativa Cultural da UFRN, Centro de Convivência,  sala 8, Campus Universitário, Natal - RN.

Lançamento do livro RIMBAUD ETC



Lançamento do livro RIMBAUD ETC., do Dr. Marcos Silva que se dará no dia 8 de setembro às 19 horas, na  Aliança Francesa de Natal. Haverá sarau (poemas e canções em português e francês) e, em seguida, coquetel.
Endereço: Rua Potengi, 459, Petrópolis - Natal RN. 

Proposta da disciplina a ser ministrada pelo Prof. Dr. Carlos Zeron



Clio (Minerva entre as Musas) - Jacques Stella, 1640-1645
Musée du Louvre, Paris
© Copyright Carlos Zeron, 2002


Minha ideia é propor um curso instrumental, visando auxiliar o pessoal no encaminhamento de suas pesquisas.

- Num primeiro momento, pretendo expor algumas ideias sobre a noção de evidência, em história. Vou voltar ao texto fundador de Tucídides (Históriada Guerra do Peloponeso), mas também vou me apoiar em bibliografia secundária recente, sobretudo François Hartog.

- Em seguida, quero levantar algumas questões relacionadas às escalas de observação (micro história, série, conjuntura, estrutura). Para tanto, vou me apoiar em Fernand Braudel, Marc Bloch, Giovanni Levi, Michel Löwy. Mas também quero comentar algumas propostas muito interessantes que encontrei num livro do Maurice Godelier.

- Num terceiro momento, quero trabalhar aquelas noções - de evidência e de escala de observação - a partir da leitura de algumas imagens que selecionei.

- Finalmente, num quarto e último momento do curso, gostaria que todos nós fizéssemos um exercício prático, a partir destas noções, identificando-as nas nossas respectivas pesquisas.
Maiores detalhes constarão do programa (incluindo bibliografia, etc.). Não penso em pedir leituras prévias, desde já, porque imagino que todos devem estar ocupados com suas aulas e pesquisas. Se eu pedir leituras, serão textos curtos, que poderão ser lidos durante o curso.   Ou então - se houver necessidade minha, ou disponibilidade deles - eu aviso e/ou envio antes.

Um abraço,
Zeron

Prof. Dr. Carlos Zeron (USP)



Carlos Alberto de Moura Ribeiro Zeron atualmente é professor Livre-Docente da USP (Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Departamento de História) possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1985), mestrado em História Social pela Universidade de São Paulo (1991) e doutorado em Histoire et Civilisations pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, França (1998). Atualmente é professor livre-docente da Universidade de São Paulo, pesquisador associado da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales e bolsista do CNPq (PQ-II). Foi professor visitante da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (1997, 2002 e 2007) e da Universidad Internacional de Andalucía (2004), e pesquisador do Musée du Quai Branly (2009). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia, História da América colonial e História Moderna, atuando principalmente nos seguintes temas: Companhia de Jesus, escravidão, história das missões religiosas, pensamento teológico-jurídico moderno e legislação indigenista. Também é Coordenador do convênio entre a FFLCH-USP e a Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales. Coordenador do convênio entre a FFLCH-USP e a Université Sorbonne-Paris IV. Pareceres técnicos e de mérito para o CNPq e a Fapesp. Pareceres para a Comissão de bolsas do Programa de Pós-Graduação em História Social do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Pareceres para a Revista Brasileira de História, para a revista eletrônica Memorandum, para a Revista História Unisinos e para a Revista de História do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Parecer para o Programa de Desenvolvimento Científico Regional do Estado do Piauí. Carlos Alberto de Moura Ribeiro Zeron será o próximo professor a ministrar disciplina no Dinter História Social USP/UFAC a partir do dia 12 de setembro de 2011.

Carlos Zeron é autor de várias publicações entre as quais podemos destacar:

Revista de História da Universidade de São Paulo: política editorial, digitalização e políticas públicas de avaliação e classificação. Nuevo Mundo-Mundos Nuevos, v. 5/2010, p. 59682, 2010.

Interpretações das relações entre cura animarum e potestas indirecta no mundo luso-americano. Clio (Recife), v. 27-1, p. 140-177, 2009.

Apologia pro paulistis (transcrição). Clio (Recife), v. 27-1, p. 362-387, 2009.

Les aldeamentos jésuites au Brésil et l idée moderne d institution de la société civile . Archivum Historicum Societatis Iesu, v. 151, p. 38-74, 2007.

Siena e Monsaraz: duas representações da justiça. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 154, p. 91-106, 2003.

José Eisenberg, As missões jesuíticas e o pensamento político moderno. Revista de História (USP), São Paulo, v. 147, p. 227-234, 2002.

Quem conta um conto, aumenta um ponto: o mito do Ipupiara, a natureza americana e as narrativas da colonização do Brasil. Revista de Indias, Sevilha (Espanha), v. 60, n. 218, p. 111-134, 2000.

Nas sendas de Sérgio Buarque de Holanda. Documentos sobre uma expedição florentina à Amazônia, em 1608. Revista de História (USP), São Paulo, v. 142-3, p. 123-211, 2000.

A reabilitação do patrimônio artístico no novo Museu do Louvre. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 135, p. 51-60, 1998.

Les jésuites et le commerce d'esclaves entre le Brésil et l'Angola à la fin du XVIe siècle : contribution à un débat. Traverse, Zurique (Suiça), n. 1996/1, p. 34-50, 1996.

O medo e a relação com o Outro : Hans Staden vencido e vencedor dos canibais Tupinambá . Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 110, p. 55-69, 1992.

Equipamentos, usos e costumes da Casa Brasileira: Alimentação. São Paulo: Museu da Casa Brasileira, 2000.

Texto extraído da Base Lattes
http://lattes.cnpq.br/9276590151526541


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

III CONGRESSO INTERNACIONAL / XVIII Simpósio de História da UFES





Territoires, pouvoirs, identités

    
III Congresso Internacional UFES/Université Paris-Est/Universidade do Minho, cujo tema central é Territórios, poderes, identidades. Por meio do tema assim enunciado, pretende-se discutir a maneira pela qual as sociedades e/ou grupos sociais delimitam, circunscrevem o território por eles ocupado, numa tentativa de imprimir, na paisagem, os símbolos por meio dos quais se afirma uma identidade às expensas daquilo que se localiza nas margens, no exterior, na no man’s land habitada por “invasores”, aos quais se recusa amiúde o próprio estatuto de humanidade. Sabemos que o território, sendo cruzado a todo o momento por indivíduos em permanente deslocamento, carece de univocidade e de estabilidade. É no território, no entanto, que afloram os lugares mediante o estabelecimento de contornos que dividem, separam e subtraem da apropriação coletiva determinados ambientes, controlados por grupos e comunidades, que sobre eles exercem poder, seja sob uma perspectiva bastante abrangente, como o de uma nação ou império, seja sob uma perspectiva mais modesta, como uma cidade, uma aldeia ou mesmo uma edificação. Apreendido na sua dimensão geográfico-cultural, o território pode ser considerado sob um duplo viés, o de produto e o de produtor do social, assumindo a partir daí uma multiplicidade de funções: a de um amplo quadro no interior do qual os grupos sociais se organizam do ponto de vista da fixidez e da mobilidade e estabelecem as regras de convívio e de socialização; a de um suporte de obras materiais, muitas vezes eternizadas em pedra; a de um ambiente no qual práticas e representações encontram o seu ponto de convergência; a de um repositório de vestígios do passado imprescindíveis para a produção da memória coletiva, memória esta que preserva a lembrança daquilo que lhe é conveniente ao mesmo tempo em que devota ao esquecimento tudo o que lhe suscita repulsa ou estranhamento. Mediante essas funções, o território etéreo, aberto, indefinido é progressivamente domesticado, dando margem à emergência dos lugares, das zonas geográficas esquadrinhadas pelo intelecto, revestidas de um sentido, saturadas de representações, zonas fundadoras de identidades que permitem uma dupla atualização: a do encontro entre o presente e o passado e a da oposição entre o sagrado e o profano. 
Dentro do território, os lugares emergem a partir de determinadas regras, exprimindo uma relação de identidade na medida em que são revestidos de todo um simbolismo pelos seus usuários. Um lugar estabelece assim uma inclusão diante de uma exclusão, uma definição de posições que se pretendem estáveis. O lugar, portanto, reclama a estabilidade e a mesmidade. Cumpre notar, entretanto, que ao lado dos lugares e como sendo a própria condição de possibilidade destes, situam-se os não-lugares, zonas de transição, de passagem, que carecem de memória e de sentido ou, antes, que se prestam à confusão de todas as memórias e todos os sentidos. Essa simbolização/construção do território por intermédio dos lugares e dos não-lugares se realiza em diversos níveis que vão do privado ao público e vice-versa. Nesse sentido, se a tradição histórico-antropológica ligou a questão da alteridade (ou da identidade) à do território, é porque o processo de simbolização levado a cabo pelos grupos sociais implica a compreensão e o domínio sobre o território a fim de que estes mesmos grupos se compreendam e se organizem.



Julio Bentivoglio 
PPGHIS-UFES / LEHPI-UFES    
Departamento de História Diretor da ANPUH-Seção/ES 

Artigo da Disciplina do Prof. Marcos Silva: data e formato.


Peço que os trabalhos referentes a meu curso de pós sejam entregues até 20 de agosto para que eu possa encaminhar a avaliação antes de setembro.
Sugiro que cada trabalho contenha uma breve introdução situando historicamente a realização do filme (obra do diretor, situação do cinema brasileiro, momento histórico geral), seguida por uma apresentação de conteúdo do filme. É preciso que o corpo do texto realize uma reflexão sobre significados daquele filme em relação às experiências sociais que ele aborda.

Diferentes níveis materiais do filme (imagem, recursos específicos de cinema - montagem, ângulos -, sons, argumento) devem ser explorados nessa reflexão. As conclusões devem sempre abordar historicidades em jogo na obra - memória pré-existente, momento de realização, presença na memória cinematográfica e geral da ditadura.

Abraços:
Marcos Silva

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